terça-feira, 25 de outubro de 2011

Andar do Tempo

É uma pena, não poder dominar o tempo como um só. Se aqui e na tua companhia o consigo parar e viajar nele, conseguindo quase tudo, lá fora ele não ele não pára nem tão pouco se deixa levar. E acaba por nos vir buscar, só para nos devolver a uma realidade que não é a nossa, é uma perda de tempo e apenas isso. Fujo dos ponteiros para o cimo destas escadas, onde me vou escapando do seu alcance, assim, por mais que avance não me rapta, não me captura, não me mata, nem me cura. Apenas eterniza este gesto, esta loucura.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Espírito da Pena

Notada e apontada, a menor frequência registada e apesar de não estar esgotada, aparenta andar desencontrada, com as linhas rítmicas das teclas malditas que sempre saltaram aparatosas como o verde do aparato que me chove perante a vista, uma pena que decide voar da janela até ao fim do sofá e por cima de mim ali está, a descer em frente ao meu nariz e é pelo triz que não a perco, num piscar de olhos e sem pena a observação que planeei enquanto a mesma caía, foge e se me distraia mais, perdia a vista da musa que flutuava. Sou um espírito e sem forma dispenso os formalismos. Enquanto assombro os ecos da tua voz interior. Tremes e quase te quebras e é nas fracções em que duvidas das tuas facções e te divides. Dás lugar a outras faces e façanhas vindas das profundezas das tuas entranhas, o teu consciente submerso, é evidente. Afinal para louco só te faltava o quê? Nada, nunca me faltou e modestamente digo que sempre abundou, é facto tão real como fatal, no contacto do ultimato que faço ao espírito da pena, que de forma grosseira me atira a pena para que relate tudo antes que a minha demência me mate. Mas não chego ao abate porque evito o combate, na magia do espírito e com ou sem pena argumento-me á tona do problema, por isso e sempre a respirar vou ainda assombrando esta frequência e sempre com aquela excelência, um toque de Pavão, só para aguçar a evidência.