domingo, 8 de fevereiro de 2009

Miserável

O miserável treme, não tem força nem fome.
Tem a febre que consome a pouca energia que resta.
E escorre o suor pela testa e por todo o corpo.
Não é pelo desporto nem pelo calor, tem frio e está por um fio.
Nas fraquezas, vacila e oscila mas não cai.
Debilmente enfraquecido emagrece mas não se dá por vencido.
Resiste e insiste porque estar miserável não é bom nem é hábito nem cria habituação.
Não dorme, sofre e dói tudo como nada doeu antes.
Transpirações, loucas, que pelam os lábios e fazem os quilos desaparecer.
Insanidade que chega com a agua salgada que gela o corpo doente.
Dizem que é febre.
Dizem que é siso.
Digam o que quiserem, já passou.
Mas ate passar a roupa pesava de molhada enquanto nada ficava no organismo nem nada era aceite.
Cuidados intensivos e suores destrutivos, que matam, mas não mataram e foi por pouco, por um triz, bateu em cheio mas não derrubou.
O Salvador esteve sem salvação mas aguentou e agora voltou.
De regresso, chega as percentagens absurdas das divagações mais forte que nunca.
O miserável não é miserável, estava miseravelmente doente e agora está bom.