Há quem diga que tenha visto.
E há quem tinha visto realmente.
Eu vi, juro que vi isto.
Ele caminhava nobremente.
Um Rei a passear pelo seu reino.
Um que apenas reinava em casa.
Um que apenas reinava em demência.
Certo dia.
Para provar esta evidência.
E como que inexplicavelmente.
Levantou-se do trono.
E deu um passo.
E outro e outro e outro…
Deu todos os suficientes.
Dados por seus pés monárquicos e dementes.
Para parar frente a uma árvore.
Num qualquer recanto da sua extensa e real mata.
Era uma árvore qualquer.
Pelo menos era até essa data…
E majestosamente, com a maior naturalidade do seu mundo.
Decidiu regar o seu pé.
Regá-lo com o seu ser.
E por estranho que possa parecer.
O Rei que afinal não era Rei.
Que por sinal era apenas Louco.
Mijou o pé da árvore, que realmente era uma planta de jardim.
E não fosse pouco, o Louco descreveu-o por palavras do início ao fim.