terça-feira, 27 de dezembro de 2011
O Mar Que Tu És
Este mar de cheiros e fluidos nas flanelas amarrotadas, que estavam geladas quando entrei e agora estão moderadas. Não estão quentes como quando estás aqui comigo, és um perigo… Esse mar que me acalma, é o mar em que me afogo sem oferecer resistência e me salva a alma. É a ponderação do insensato, é um gostar inato e no acto segredo-te o que sinto e não minto, falo através de todos os membros do meu corpo. És o mar para onde me atiro de cabeça ou como me pedires, com todas as pedras nos bolsos e até atadas nos pés, tudo para bater e ficar no fundo do mar que tu és.