domingo, 17 de junho de 2012
Não sei por onde começar
Não sei por onde começar. AH! Esta crise, não vou por ai, rio-me triste.
Agora tenho que ter é muita calma, que isto anda meio difícil, fico um farrapo, completamente destroçado e é quando me dá para isto, sei lá, fico louco.
Para lá e para cá é como ando e entretanto já entrei em paranóia.
Nem sei se é possível relatar a morte que sinto em parte de mim, fico sem batimento cardíaco e gelado nas febres.
E do bater ao aperto em que me vejo, com descargas eléctricas que me atravessam o corpo e descarregam no coração, choques mais fortes que toques ou combates.
E nem relatar consigo, a falta do meu ar é tanta, que não consigo respirar e preso aos tremores que até a terra sente e treme.
Sem saber se é a minha voz, esta que oiço na minha cabeça, não sei.
Nem consigo mostrar-te a ti, ou mostrar-me a mim, nem manter para nenhum de nós o nexo desta nossa conversa.
Tanto que nem sei se deve começar, parecem espíritos estes que me agarram.
Não sei, vamos deixar é de conversa fiada e pegar ao trabalho. Que trabalho?
Ah pá, a conversa, vê se consegues acompanhar. Que queres que acompanhe?
A conversa! Mas continua, deixa para lá e explica-me o que se passa, ou tenta explicar-me.
Há tanta coisa boa nesta décima de vida, que sabendo perfeitamente por onde começar, não começo sem falar da falta que a décima de vida me faz.
O importante é não quebrar de facto, o pacto.
Não consigo de facto é respirar, nem gritar e as vozes cruzam-se dentro de mim.
O tanto que doí? Esse nem que me mate a escrever consigo descrever de tanto que doí.