Hoje apenas anseio poder.
Poder publicar, não para ser visto.
Poder só porque sim.
E se posso, simplesmente faço.
Ou seja, o que eu hoje escrever.
Seja bom ou mau.
Não será nunca publicado no ponto.
Porque no ponto, seria apenas.
E simplesmente apenas, se fosse posto quente.
Assim, a brasa em que vou divagando.
É como o pão, é bom acabado de fazer,
Por isso hoje não me preocupo com o resultado.
Porque o pão de hoje amanha será a divagação de ontem.
Duro e frio, uma arma de arremesso.
Como palavras que atiro e me atiram.
Mas é crime brincar com a comida.
Mas a fasquia ficou tão subida.
É complicado estar á altura do que de mim esperam.
Não é complicado, desiludir o mundo e assumir a culpa.
Hábito, é o que dizem ser o truque para aguentar o mundo.
Ou seja, sou suspeito para me avaliar a mim.
Ou qualquer outra personagem onde exista.
Mas a minha teimosia é maior.
E quando esperam que desista.
Ela, insiste e faz com que resista.
De novo, faço o inesperado.
E como me tento a mim mesmo.
Hoje guardo o pão de ontem.
E não publico amanha.
Talvez nem publique.
Talvez publique num outro dia qualquer.