Já ouvi alguém dizer, que uma imagem vale mais do que mil palavras.
Posso dizer, a alguém, que estou em total desacordo.
Se tiver uma imagem, uma fotografia, acompanhada por uma legenda que descreve essa mesma imagem ao mais ínfimo pormenor que a própria visão consegue alcançar, mil palavras.
Alguém poderá dizer que a imagem vale mais, ou menos, que as mil palavras?
Não tem como comparar, porquê comparar?
Alguém perguntou, palavras para quê?
E, se alguém me perguntasse, eu responderia, a alguém, apenas, palavras para tudo.
Palavras para falar, para escrever, para pensar e em todas as suas formas.
As palavras são para tudo.
Se eu tiver um problema, alguém me vai dizer para por o problema para trás das costas.
Será o mais indicado?
Pergunto eu a alguém.
Eu penso que não, diria eu se alguém me perguntasse, não me imagino a por um problema para trás das costas.
Seria mais fácil, para alguém que tivesse um problema, por o problema na sua frente e, num único e enérgico movimento projectar o problema para bem longe, ou simplesmente, poderia resolver o problema, que deixava de ser problema de alguém.
Se alguém disser, que falo pelos cotovelos, alguém, quer dizer que eu falo muito.
Se eu quiser dizer, a alguém, que escreve muito, deverei dizer-lhe que escreve pelos cotovelos?
Chega destas estranhas expressões que, em ligeiras divagações, tenho que dar a mão a palmatória, me vão fazendo a cabeça em água e por, muito pouco, quase perco a cabeça.