Tac tac, tac tac.
O ponteiro implacável segue incessante.
E corre com ritmos ilusórios.
Com dias que passam e são avante.
Tac tac, tac tac.
A mais precisa pontaria apontou certeira e foi lotaria.
Uma quase completa e repleta de brilho, volta.
Um horário fácil que voa no contraste do turno.
O tempo viajava a velocidade luz.
Era a medicina do saneamento espiritual.
Agiu curandeiro e limpou a alma da condenação.
O relógio dançava e o ponteiro orquestrava.
Rituais tribais emparelhados em pronuncias curativas.
Cachimbos mágicos, vudu e feitiçarias.
Revigoram a alma e devolvem poderes.
E o mago ergue uma pena de pavão.
Agita-a e liberta poeiras luminosas.
Tac tac, tac tac.
Invicto e convicto da iluminação.
Urge e voa sem sair do chão, a magia do pavão.
Tac tac, tac tac, o tempo do contra-ataque.