sábado, 9 de maio de 2009

Caminhos

Um ser que nasceu não sabe o caminho que tem pela frente.
Não sabe o ser, não sei eu, não sabe toda a gente.
Mas a estrada é longa e insegura e os atalhos insertos e perigosos.
Por isso mantém-te na estrada que por si só já é uma aventura.
Não ligues aos atalhos que te tentam e te chamam para a loucura.
Se entrares já não sais, se caíres já não te levantas.
Ficas preso e já não te valem deuses nem santos nem santas.
Eu caminho da nascença até ao fim, sem perder a fé na minha crença.
A minha religião, é crer em mim e caminhar de cabeça erguida.
Nunca parar e evitar os becos sem saída.
Por isso á partida sei que vou caminhar a vida toda e quando parar parei de viver.
Tenho a certeza absoluta que é assim que vai ser.
Faz parte, o caminho é uma tela e caminhar é uma arte.
Artisticamente vou caminhando e divagando enquanto teclo.
Mas de vez em quando, sem parar, abrando e peco.
Derrapo e faço uma marca no caminho para assinar a estrada com a minha presença.
Para que quem vier depois saiba que lá passei.
Lá caminhei, vivi e pintei.
Ainda não fiz o caminho todo, fiz um pouco.
Creio, que ainda tenho tela, para poder continuar a, artisticamente, ser louco.