Fumo as letras que vou escrevendo.
Sei que mata, sei que divago, sei.
Mas são os cigarros de palavras.
Uns lícitos, outros nem por isso.
Que são responsáveis pelo comunicar.
Que está longe do esperado.
Por isso volto-me para os loucos.
Giro assim para mim.
E inicio a festa e é desta, sei que é.
Perdi iniciativa e entrego-me a Loucura.
A Boémia sem cura, e todos esses males.
Coisas maléficas e reprovadas.
Umas pensadas, outras queimadas em palavras.
Mas a maioria divagada sem escape.
E sem escape estou eu entre o fumo das minhas ideias.
Intoxicado com os maços por dizer.
Embriagado nas palavras por escrever.
Vejo-me multiplicado para me inserir.
Para não ser pesado, para ser apenas.
Apenas tão leve como a leveza existente.
Estes são os maços da divagação.
São apenas alguns, daquilo.
Daquilo que será a continuação.
Acendo-me e não travo, como um iniciado.
Fumo-me, como um viciado.
No vício de desenhar palavras.
A imperfeição das letras.
E a inutilidade do seu uso.
Auto intitulado, apago-me.