Fiz um acordo no passado.
Com um Ícone do Abuso, um amigo.
Era o Rei Lagarto!
Vendi a minha alma e agora mendigo.
Por algo que alivie o vazio.
Ou algo que me alicie e tire o frio.
Do gelo, que carrego no peito.
Da pedra, que bate sem derreter.
O Shaman falou comigo.
E de Mago para Mago.
Enquanto me gritava.
A tua maldição é escrever!
É dizer e fazer!
Tal como ele missionava.
Impressionar uma geração.
E flutuar no infinito.
Escrito no tempo.
Pela tua louca vida e seu drama.
E pela trama, que te consome sem gelo.
O frio que tens no peito é o calor do copo cheio.
Muitas coisas me disse, numa conversa inexistente.
Em que eu lutei persistente e bravamente com o liquido.
Que acabou por me derrotar, tal como eu queria.
E Agora que me recordei do pacto.
Fluo desbloqueado entre Brisas, intacto.
E contigo ao lado.
Sem que domines o tema.
Aprende a gostar da tua maldição.
É o lema e não há nada que tema.
Não receio ser maldito, porque o sou!
Anseio o caminho, porque sei para onde vou!
Só não vejo o fim, essa é a minha surpresa.
Livre no final, vou viver de alma presa, até que chegue.
Vendida, como se algum dia me tivesse pertencido.
Combinei com o falecido.
Um pacto, uma maldição e um desejo parecido.
Ficar depois de ir, para sempre no tempo, sem nunca ser esquecido.