segunda-feira, 28 de março de 2011

Finalmente Somos

Quando gostamos ficamos mais bonitos, isso nota-se.
É óbvio, há químicas que agem dentro de nós nessas alturas e as pessoas sentem.
Aproximam-se porque a beleza é para ser desfrutada e partilhada.
Somos mais do que sonhamos, somos muito mais do que pensamos ser, muito mais do que julgamos conhecer, sem duvida milhares de vezes mais do que ganhamos ou do que perdemos.
Somos tudo isso e tudo o que não pensamos ser, tudo o que não julgamos ser, milhões de vezes o que alguma vez iremos ganhar ou perder, sou tudo isso e tudo o que ainda me falta conhecer.
Sou o somatório de tudo isso e tu também és, todas as fases, todas as frases, somos todas elas.
Sou a liberdade e a força, a criatividade e as regras que contorno, as estruturas que abandono e quando abono a meu favor, sou o turbilhão e o vapor.
Todas as formas que apresentas e aposentas, és e não te conformas e ambicionas, felizmente, está tudo na tua mente e brilhas novamente, finalmente.

sábado, 19 de março de 2011

Antagonismo Crónico Resumido

É a primeira desde a sedução do papão, retornado no registo despisto o egoísmo registado e tento o golpe, é bom que recorde e seja anotado. Sempre egoísta e a tangenciar o excesso, tento oferecer o ponto á situação que não tem alternativa, apenas pode escutar a fuga.
E ver na lupa o detalhe desvendado, detido e deturpado, daquele que se salva sem palmas e que sem ter medo de as oferecer às palmatórias, percorre viagens inspiradas em histórias.
Admito ser antagónico com algumas das minhas próprias arestas, mas estas admissões de presunção desmedida, com episódios de e com pressão sobre o mesmo que se pressiona, apenas sustentam alguns raciocínios surgidos noutros declínios, em que a minha mente já se perdeu ou encontrou.
Sei que o Imaginário mora na minha frente e muitas vezes nem sei se sou demasiado são ou demasiado demente. Jovem nas duas dúzias somo anos de erros, de acertos, de estragos e de consertos, cometi todas essas vivencias, respirei outras experiências, é escusado.
Por isso tenho quebras no alinhamento das ideias de que me alimento, no momento em que surjo e rebento, como a semente da planta em que me reinvento, espera, tira as teias e arruma o sótão de onde tiras os trunfos com que te lanças na derrota, na vida vivida.
Achas que és porque foste tentado, exibes-te e executas o teu íntimo, por isso intimo ate ao último folgo do fogo em que me foco a soprar, mas ainda não vou atear. Como uma promessa, entre as várias divagadas, segue o pensamento em busca da lógica que magica uma forma de se fazer ver, em vão…
Chocas assim contigo quando, reconheces essa inutilidade da produtividade, que a competição do mundo que te exige o melhor e mais competitivo instinto destrutivo, completamente nocivo, de que a tua existência apenas tem sentido se fores ouvido, se o teu rugido for reconhecido e haja uma marca da tua predominância.
Poderias, apenas, apenas se tivesses sorte, conseguir fugir da formatação que deforma a tua ambição em consequência da tua real realização, se pudesses eras, apesar, de novo apesar, apesar de louco, eras um pouco mais que isso, eras o pleno que constantemente procuras e inúmeras vezes possuído e sem ver, erradamente ostentas.
Independentemente de haver ou não, negocio com o papão, fica a ideia de que apenas a criatividade é a criação, tudo o resto, com maior ou menor percentagem, é exploração.

domingo, 6 de março de 2011

Vida

Era preferível que fosse de outra maneira, que fosse mais simples e verdadeira.
Mas não é e contra isso não vale a pena lutar, digo lutar sim mas não contra isso.
Contra outra coisa, conta com qualquer coisa e não contes com nada.
Vida, és complicada e rameira, atacas tudo a teu bel-prazer e matas-me com o fel do teu ser.
Mas não me vences e não penses que por te amar deixo de te lutar.
Não me julgues nem tentes saber o que vai na minha cabeça, não tens autorização.
Arrisco e sempre que descubro o sumo, descobres-me feridas fundas e afundas-me nas malditas com que me cruzas.
E nem eu tenho autorização, há dias em que sou um mero espectador do que me fazes.
Encenações, mortes e encarnações, tudo representações que me comem os meus corações.
Gostava mais que fosses honesta, que fizesses sentido mais vezes e que desses a outra cara.
És puta e adoro-te assim, guerreamos porque temos que o fazer, queres que te queira desse jeito, quero-te de outro e é assim que nos queremos, é por isso que nos entendemos e a briga é a razão por que vivemos.
Podia vencer-te em qualquer instante, tirava-te de mim e ganhava, mas para isso era o mundo que abdicava do insano que em particular nesta época do ano gela a vida que combate.
Mas não, venço-te no teu terreno e pelas tuas regras faço o pleno e ainda bem que és assim, rameira, não te queria se fosses de outra maneira.