domingo, 8 de dezembro de 2013

Entre a Vida e a Morte

Quando nem depois de morto és bom,
ressuscitas porque não vale a pena.
Aplicas o dom e no tom que sabes,
ainda que meio torto, brilhas.
Acabas o teu trabalho e não te permites morrer.
Estou frio, completamente gelado, e os meus olhos contam o que arde em mim mesmo estando calado.
Indisposto, o meu interior dança entre o estômago e a boca, sem força estou encolhido num canto a tentar acalmar o interior, a tentar aquecer e a tentar não morrer de novo.
Não sei se sobrevivo, nem a voz se aguentou e partiu.
Maldita sina que me obriga a regressar, que me faz sair do cemitério e interromper o meu descanso.
Nem pensar é possível, estou vivo mas o meu cérebro ainda não
Ainda... Estou a tentar ser optimista, na procura da minha conquista.
A mil, o meu coração bate a procura da estrela que existia sobre a minha cabeça, que me dava o caminho quando eu não o sabia.
Sem luz e cansado deito-me de novo e fecho a tampa do meu caixão.
Sem estar morto ainda não estou vivo, divago.