quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Teórico Inconsciente

Marteladas numa Cabeça Abalada.
Teorias Inconsistentes.
De um Divagador com ideias amassadas.
Tudo ecoa num nível forte.
A racionalidade anda por cá.
Também anda a Ressaca e a Expectativa.
Teorizo sobre o que me reserva depois deste dia.
Imagino sem lógica, como já se previa.
Estou capaz e pleno de Musas.
Ao mesmo Tempo que nem sequer estou.
Penso sobre Dias Passados e Dias Futuros.
Sobre Hoje não penso apenas Torço.
E troço com este estado que sensibiliza.
Por dentro da Mente, bem no fundo da Alma.
Sou, O Teórico Divagador e inconscientemente um Quase Escritor.
A regra é deambular sobre o que me toca.
Altamente Egocêntrico e Narcisista.
Ou talvez nem tanto.
Mas é o Espanto e a Surpresa.
Quando ponho Teorias em cima da mesa.
Com Balanças e Desmedidas Doses de Sobriedade.
Estou doseado.
E sem equilíbrio.
Solto-me e Vou livre, na bamba corda.
Liberto-me, de Cabeça Abatida na espera.
Da Cabeça teimosa, que hoje não acorda.
Sou Inconsciente e sem Consistências.
E Teorias, faço-as sobre mim.
Libertações técnicas em Escritas sem fim.
Fim de Finalidade, porque o fim da temporalidade.
Esse esta quase.
Já Teorizei Hoje, sobre o que foi, será e tem sido.
Repouso no Eu, O Divagador, O Teórico Abatido.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Muralha das Divagações

Eu Sou todos nós, em mim.
Em mim todos vós, São.
Sou essa mistura desmedida.
De Louca Sobriedade.
De calor, secura, frio e humidade.
Sou a Muralha de onde sou.
Mas mais forte.
Impenetrável.
Gelo sem pólo.
Inquebrável e ainda mais Frio.
Levanto os Muros.
E só os sons passam.
E só alguns deles conseguem.
A maioria esbarra.
E a pequena minoria que passa…
Essa…Chega ao alto tão baixa e tão fraca.
Que quase não se faz ouvir.
Vou do Deserto ao Pólo num Sopro.
Aqueço e Arrefeço, Invicto.
Enquanto tudo o resto Quebra.
Eu, enquanto Muralha.
E todas as personagens de pedra que me compõem.
Ficamos além do Tempo.
E só fica comigo.
Quem escrever em mim.
Quem me marcar, para que eu marque.
Um desenho louco no meu espaço.
Com Palavras e descrições.
Na Muralha das Divagações.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Quadra

Não queria pronunciar-me sobre isto.
Esta época de festa e espírito.
Já fez mais sentido.
Já foi mais sentida.
Mas apenas é mantida.
Pelos Rebentos sedentos de Magia.
É só por isso que esta Quadra.
Desenquadrada daquilo que era.
Não me passa ao lado.
Por isso não quebro e conservo.
Para a manter o brilho.
Dos que Não Renego.
Sem mais para acrescentar ao truque.
O Mago tem dito sobre a Quadra.
Simples e directo.
Na manutenção somente pelo Afecto.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Pseudo

Disseram-me que não existes.
Tu, fruto da minha Inspiração.
Loucura e Escrita em forma de Divagação.
Novamente, Recuso!
A minha Musa é, apenas, Fonte da minha Imaginação.
Disseram.
Não acredito que seja, Nada mais que criação.
Da minha cabeça, dos meus Loucos Seres.
Se assim é, expliquem-me o que tem sido.
Divago Sem Salvação, mas também Renego.
E sem Musa, o que é que uso quando Rego?
As minhas Palavras com ideias insólitas.
Desinspiração?
Auto-Inspiração?
Rejeito que assim seja!
E mesmo que fosse.
Fruto da minha Esquizofrenia.
Ao tempo que sou Louco.
Já dei lugar á Criação.
Ao Nascimento e Invenção.
De todas as minhas Musas.
De todos os meus Personagens.
Que eles e elas hoje São.
Partes de mim numa Realidade Desconhecida.
São Imaginação a ganhar Vida.
Sou uma Fonte em mim mesmo.
E Rego-me com a Loucura que Crio.
Divago, Renego e Rio.
Faço de Tudo um Pouco.
Eu, o Criador de Criações Fictícias.
Que nascem e vivem.
E que existem e existirão.
Sempre que existir, O da Divagação.
As Imaginações que fiz Reais.
Deixo mais uma Divagação.
Eu novamente, o nosso vosso Louco.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Fontes de Inspiração

Hoje sento-me no frio.
Que gela os ossos.
E os nossos, brilhos e ideias.
Nas Fontes de Inspirações.
A Rua, o sitio do costume.
O quinquagésimo segundo.
Sítio desse sítio em que me ilumino.
Desde criança, sempre criança.
A idade avança, na cidade museu.
O tempo não para.
Nem me paro Eu.
Fontes que, são secas quase todo o ano.
Fontes alentejanas e o seu coração.
Sim, é o sítio onde mora O da Divagação.
Sem dúvida, que todas as gotas são importantes.
Para mim e para a minha inspiração.
Para todos nós, Os desta região.
No gelo que se faz notar lá fora.
Eu aqueço-me nas letras cá dentro.
Porque Elas são musas.
São e sempre serão Fontes de Inspiração.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Não Quero

Dispenso essa recaída.
Recuso-me a retroceder a vida.
Posso andar sem saída.
Mas tenho a Mente decidida.
Sigo sem olhar para trás.
Quanto mais voltar.
Doido e Maldito, estou em Paz.
Sei que Sou e Serei capaz.
A Voar entre Divagações.
De, sem Voltar no Tempo.
Ser Aquele Rapaz.
E congelar o momento.
Que Fui quando era Profeta.
Mantenho a direcção e Voo em linha recta.
Ao Anonimato respondo que Não Quero.
Renego tudo isso.
E Salvo-me, esse é o meu compromisso.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Circulo Vicioso

Nas voltas iguais.
Nas voltas e tais.
Companhias viciosas.
Circula-se para a estagnação.
Presunção decadência e o maior dos vícios.
Não há evolução.
É Tudo sem perspectiva.
E mesmo quando se perspectiva.
É Nada e circula.
Naquela volta comprometida.
Aquela roda sem saída.
Não paro no tempo.
Paro perante ele e assisto.
A Tudo isto.
A Nada, desisto.
Não de circular.
Apenas de perspectivar.
Repito-me tanto em palavras.
Como elas me fazem repetir.
Decadentemente, relego-me.
Ao Estatuto da renegação.
Ponderação.
Divagação.
Palavras.
Soltas.
E Paixão.
Rodo o mesmo caminho vezes sem conta.
Rodo tanto, que o chão aponta.
Cede e afunda.
Cedo e afundo.
No caminho viciado.
O caminho errado em que circulo.
Cada vez mais refém dos mesmos passos.
Cada vez mais preso e com menos espaços.
O Renegado rodeado pelo circulo sufocante.
A contar o tempo.
A contar ao tempo.
Que espera o momento.
Perfeito quadro de manias.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Bando de Loucos

Escrevo para ti.
Escrevo para vocês.
Escrevemos para ti.
Escrevemos para vocês.
Somos Loucos e estamos cansados.
Nem cansados, nem Loucos desistimos.
De escrever uns para os outros.
Nós, todos Nós!
Os Meus e os Vossos.
Os Reais e os Fictícios.
Os Exemplares e aqueles Cheios de Vícios.
Todos temos a mesma inconsciência.
Vencemos as nossas Loucuras.
É com persistência e por vezes irreverência.
Que escrevemos os nossos desenhos.
Que cantamos as nossas curas.
Nas Palavras que muitas vezes nos deixam mudos.
As mesmas que por vezes vos deixam surdos.
São elas o remédio e o mal.
São elas tudo e nós sem elas nada.
As Musas, a Criação e a Estrada.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tempo e Luta

Um Tudo, Dois Nada Sugestivo sem Sugestão.
É uma Alma em fuga, em mais uma Divagação.
Sem direcção Ela voa.
Como se tivesse asas.
Como se existisse.
Ela está sem estar, numa presença ausente.
Sem estrutura, Estatuto nem escalão.
Eu hoje sou arquitecto nesta Deambulação.
Com mais um cabelo branco.
Hoje sou o Sábio.
E sabido, tal como certo.
Acerto, sem erro e faço o pleno.
Pleno da convicção que afirma por mim.
Que quando se quer, se luta ate ao fim.
E mesmo quando as musas são confusas.
Mesmo quando o Caos se instala.
A Alma não sai.
A Alma fica.
Complica e acha que Simplifica.
Mas quer…
Aquela mulher, do tempo.
Dos tempos, Repetições e outros momentos.

Caos

Hoje estou sem saída porque divago em círculo.
Circulo a divagar para Os meus Loucos.
Maldito, sim Eu, amaldiçoado pelas palavras.
Todas elas.
Apago e escrevo para apagar novamente.
E apenas quero dizer, nem consigo escrever.
Apago, escrevo e reinvento-me em mais um verso.
Assim estou eu, Doido e converso comigo.
Monólogos que parecem diálogos.
Pensamentos soltos como um animal no zoo.
Numa Alma que não se parece com Nada,
De Pés Gelados e uma outra Divagação a meio.
Em Guerra com a Escrita.
Não faço reféns, mato todas as letras.
Porque sei, é na maldição dos seus meus desenhos.
Dessas muitas Palavras.
Que vou ser capturado pelos meus filhos.
Ou os meus Renegados.
Salvo ou quase, ou suposto Salvador.
Hoje Sem Salvação, mais uma vez.
Em mais uma Divagação.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Inevitável Mente

Ou inevitavelmente.
Gostei do que poderia ter sido.

Peva

Só não tem nome, O que não é.
Não ganhamos sempre.
Não perdemos sempre.
Mas sempre que for.
É para Tudo ou Nada.
Hei-de ganhar.
Hei-de perder.
Resignado ao que tiver que ser.
Estou Nada, não estou Tudo.
Mas Estou e é tudo o que quero saber.

Morte Nua

É quando despida de qualquer sentido.
Surge, não avisa, vence e é irreversível.
E hoje vi-a bem perto.
Nua e Crua, a vida perante o seu fim.
Despida de defesas, vulnerável no todo.
A verdadeira Vencedora.
A extinção, a terminação.
Quando é surpreendente.
E acorda a Mente.
Quando será mais perto, interroga.
Quando formos nós, ou a nossa gente.
Coloca, sem resposta.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Maços de Palavras

Fumo as letras que vou escrevendo.
Sei que mata, sei que divago, sei.
Mas são os cigarros de palavras.
Uns lícitos, outros nem por isso.
Que são responsáveis pelo comunicar.
Que está longe do esperado.
Por isso volto-me para os loucos.
Giro assim para mim.
E inicio a festa e é desta, sei que é.
Perdi iniciativa e entrego-me a Loucura.
A Boémia sem cura, e todos esses males.
Coisas maléficas e reprovadas.
Umas pensadas, outras queimadas em palavras.
Mas a maioria divagada sem escape.
E sem escape estou eu entre o fumo das minhas ideias.
Intoxicado com os maços por dizer.
Embriagado nas palavras por escrever.
Vejo-me multiplicado para me inserir.
Para não ser pesado, para ser apenas.
Apenas tão leve como a leveza existente.
Estes são os maços da divagação.
São apenas alguns, daquilo.
Daquilo que será a continuação.
Acendo-me e não travo, como um iniciado.
Fumo-me, como um viciado.
No vício de desenhar palavras.
A imperfeição das letras.
E a inutilidade do seu uso.
Auto intitulado, apago-me.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Duelos e Suspiros

O ritmo hoje é outro.
E o Vento, aquele Sopro.
Que já senti tão perto.
Sopra para lá.
Foi Tempestade, foi Copo de Água.
Não interessa o que foi.
Importa o que a Presunção deseja.
E o Pavão está pronto para voar.
Por entre Tempestades e Ventanias.
Enche o peito e respira fundo.
Encho-me no peito e viro o mundo.
De Brisas Inspiradoras a Tempestades e bloqueios.
Divago a favor do Vento.
Tento ver como funciona.
Vou e não singro porque o Ar não me enche.
Não quer Ofegar no meu caminho.
Há um Tornado que Sopra.
Esta Aragem que em mim se instala.
É Quente e Arábica.
Esta Brisa que me desliza nas ideias.
É um Vendaval Muçulmano.
E Divaga na minha direcção.
Ou eu queria Soprasse...
Não desisto e enfrento-a, no combate do ano.
E perco, vou sempre perder.
Mesmo que ganhe, perco sempre.