segunda-feira, 5 de julho de 2010

Não Sei

Por vezes não sei e paro, ou nem tanto, simplesmente abrando.
Ouço a minha cabeça falar e chego a ficar introspectivo, ou nem tanto, divago.
E é muita coisa ao mesmo tempo.
Agora é daquelas vezes, não sei.
Fico na dúvida, ou mais e a querer saber.
Fico sem saber, ou mais e sem resolver.
Sou paranóico?
Ou o mundo gira na minha volta?
Porquê, ou melhor, como assim?
Vou circulando no giro sem salvos.
Encontro parte do mundo, ou mais concretamente partes de tão longe que parecem de outro mundo.
Ou estou sentado no enraizar com perdições.
Vejo mundos de outra parte, ou mais precisamente mundos de tão longe que parecem, de outra parte.
Exercícios, contas e regras.
Por vezes não sei.
Demonstro com a mania de sempre, dados métricos munidos de material impuro.
Seguro espiritualmente e leve de luz, exibo com o acostumado extravasar.
Não sei.
Fico em discutires paradigmáticos.
Delirante, vejo-me a elevar perguntas a mim mesmo e a responder perguntas a mim mesmo.
Magnético, vejo-me a cair no que me cai em cima e a ser invadido por respostas a perguntas que não fiz.
Por vezes não sei e procuro saber.
Outras vezes não sei e encontro sapiência.
Ou então não sei e em demência registo e divago uma ocorrência, que finda com a tua e com a minha paciência.
Estou a ver, ou melhor, não sei.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Maléficos

O génio é mau!
Se houvesse um Eu feminino eras Tu.
Se me fotocopiassem, poderias ser tu.
Se eu andasse a ler ou ver os navios passar…
Obvio, há um mas, mas não é assim.
Foste origem e fim de algumas palavras.
Pediste justificação das que não agradavam.
As outras…
Essas silenciaste.
Houve sentimento, espectáculo e essencialmente, miragem.
Não te julgo.
Teria de me julgar.
Somos farinha do mesmo saco.
A diferença, essa não sei dizer.
Mas sei, entrar, sair, brigar e rir.
Podia ser burro e nem dar conta.
Posso ser aquilo que alguém aponta.
E mais, ou menos, dependendo do ponto de vista.
Labirintos e palavras que sei que disse.
Danças, bailados para quem visse.
Ah, mas sou o pior adjectivo que tenhas.
Mas sou sem máscara, por todas aquelas com que venhas.
Dá um olá.
Eu dou um adeus.
Dá…
Eu dou aos meus.
Interpreta, lê eventualmente.
Diz-me, o meu nunca mente.
Não sabes a que me refiro?
Eu sei e disso me retiro.