terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quando O Maldito Não Dorme

Os meus sonhos divagaram para longe do que me cansava.
E em sonhos vagueei pelo frio até que o mesmo me acordou.
Era uma corrente de ar que me atormentava.
Acordo para me tapar e por azar desperto para um debate.
O embate em que me encontro mergulha-me a mente em café.
Com toda a adrenalina a voar nesta mente maldita, o sono foge.
Entre silêncios, ironias e acusações vou despertando.
Entre tudo isto, surge a insónia.
Com meio sono feito e as acusações de café a efeito e meio.
O debate chega ao fim.
Mas com contas para fazer aos meios sonos e a vaguear deitado.
Salvo-me do meu stress, vou usar a receita infalível.
Divago nas teclas até o café ser batível.
Reforço o meio sono quase sem esforço.
Atesto de cansaço divagando para o sono.
É o truque secreto, certo e seguro.
É nele que aposto…
…quando o Maldito não dorme.

sábado, 22 de agosto de 2009

Nova Palavra

A Palavra é tudo aquilo que já foi dito.
A Palavra é mais que tudo isso e nisso acredito.
Mas e quando sinto algo que desconheço?
É essa Palavra que cresce dentro de mim.
A Nova Palavra, pronta a ser criada.
Pergunto-me se mereço…
Esta novidade que bate dentro de mim de forma forte.
Devo ter feito o bem, suponho, para ser digno desta sorte.
Quero baptizar a Palavra com um nome tão bonito como ela.
Mas as letras agrupam-se em milhões de Palavras e nenhuma chega.
Nem todas as Palavras quanto mais uma.
O que é certo é que há algo novo e que espera registo.
É um sentimento tão belo como a Portuguesa e ainda não foi apelidado.
Poderia correr dicionários de todas as línguas, poderia criar uma língua.
Mas não posso criar o nome que sinto.
Grandioso este puro sentir que estupidamente me faz sorrir.
Podia tentar, mas não me atrevo.
Quando a Palavra se inova, cresce e dá lugar a uma Nova.
Questiono-me se serei merecedor do que me eleva, não sei…
Mas não tenho poder para inventar uma Palavra que mereça tanta força.
A Palavra é a força do bem e mal, como já foi divagado.
Mas a Palavra não chega para um ser apaixonado.

Ausência

Sei que me ausentei das divagações por uns tempos.
Por isso quero agora no regresso deixar umas palavras…
Antes de mais, faço notar que estou nas divagações há cerca de um ano, celebrado este mês.
Quero, ainda, pedir desculpas a quem sentiu a falta das minhas palavras, mas não só, quero desculpar-me também aqueles que por alguma razão antipatizam comigo e que querem que morra, longe de preferência, porque voltei…
Depois das desculpas pedidas, lembro que, tal como podem confirmar, a minha primeira divagação foi sobre a Palavra, e para celebrar este primeiro aniversário do meu, nosso blogue sem salvação possível farei de seguida uma nova divagação sobre a Palavra e o que dela retiro hoje.
Desculpas pedidas, umas com e outras sem ironia.
O divagador, o maldito Salvador.