quarta-feira, 3 de junho de 2009

Safari

Sou selvagem e pouco recomendado.
Vivo bem presente das minhas opções.
Escolho o trilho que até me pode trazer sarilho.
Mas a minha salvação é a minha sorte.
Vou no meio do mato sem nunca perder o norte.
Uma vez afirmaram uma igualdade inexistente.
Uma vez disseram mais do que deviam.
Eu sou o trilho que dança entre o abismo e a selva.
Sou o caminho acidentado em que a minha alma se eleva.
Acendo um destino arriscado.
De tiro em tiro que tiro, saboreio.
Podem dizer que é safari, para mim é recreio.
Sou a fauna e sou liberdade.
Sou a alma ao horizonte.
A vida vive-me feliz no seu curso.
Não tenho medo do caminho.
E pela terra que derrapa, só paro no cimo do monte.
Uma divagação sem carta nem estrada.
Pelo mato vivo conduzindo.
Sei que um dia a salvação estará a minha espera.
O arrependimento, não conheço.
E que eu fosse alcatrão, quem te dera.