quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Pavão Presunção

Valorizas-te tanto que até o nome é presunção.
Pavão de Peito Feito, Salvador sem Salvação.
Mas a verdade é que tens valor e não esperas reconhecimento.
Tal como é que és duro como o gelo e frio como o cimento.
É possível que seja ao contrário?
Possível seria, se eu estivesse enganado.
Assim está correcto tal como eu estou endiabrado.
Possuído por esta divagação, escrevia o meu dicionário.
Era no entanto, complicado que o interpretassem.
Já que, por metade das vezes nem eu a mim me entendo.
Como poderia eu permitir que na minha mente entrassem?
Como seria possível que comprassem o peixe que vendo?
Houve o que pregou aos peixes.
Aqui me eis a pregar para ti só para que não me deixes.
A ti, tu Salvador de ti mesmo, tu que danças na linha da loucura.
Eu, que por vezes pareço são.
O Pavão Vaidoso, Orgulhoso e sim… Teimoso.
Esquizofrénico e doente, sou eu, o autor desta louca dança.
É esquizofrenia consciente num encontro no parque.
Olho em redor e vejo-me em toda a parte.
Doido nas conversas comigo próprio
Esgoto-me e torno-me impróprio.
E antes que me torne insuportável aos meus padrões.
Retiro-me sem Salvações, eu, o Rei dos Pavões.