quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mulher Quase Deusa

Miragem cor de cal e espelhos marítimos.
Apresenta-se adornada por detalhes cor de ouro.
E existe-lhe numa das bases, arte que a trepa.
A verdade é que toda ela é arte, das bases ao topo.
Já inflama e só de contemplar regressa a mim O Louco.
É peça rara, por muito que peça não sara e traz-me a tara.
Atira o Rei dos Pavões para palavras batalhadas com botões.
Penas em leque e passos em cheque, Divagações.
Implacável obra-prima que prima pela não rima, única.
É folgo inesperado na ideia de um Salvador parado.
Exalto grato ao quente da insonolência.
A minha ardente mente neste exercício.
Visito na imaginação, a autêntica imagem do vício.
Real em ser e em beleza, Afrodite a mulher quase deusa.