segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Relógio

Sim, só paras sem pilha.
E nem por isso o tempo abranda ou empilha
Olho-te e vejo-me nos teus ponteiros.
Vejo-me certo como tu.
Tac Tac, Tac Tac…
Eu tu e o tempo.
Já faz tanto…
Que estamos sintonizados.
E no silêncio da noite.
Enquanto te olho, na tua dança rítmica.
Tac Tac, Tac Tac…
O som do tempo a passar.
Ecoas a musica sozinho.
Como um pêndulo seguro.
Como se conhecesse o caminho.
Passado, Presente e Futuro.
No bolso, no pulso ou na torre.
Tu és a prova viva.
O registo para que viva.
A vida que corre, enquanto o Relógio diz.
Foi assim que fiz.
Ate que o Relógio morre.
Mas o tempo continua.
O Tac Tac, Tac Tac, ainda lá está, mas mudo.
E sem ser contado, o Tempo passa por mim.
Sem o Relógio o tempo passa-me ao lado.
Mas sem Tempo é o meu fim.