quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Degrau Frio

Está frio para descer as escadas.
Afirmação espetada como espadas.
Nas costas de quem supostamente gostas.
Um surrealismo escrito.
E por vezes desenhado.
Por alguém que se musa no errado.
E acredito, na fé dos instintos.
Na crença dos extintos.
Mas faço-o sem ingenuidade.
Faço-o apenas pela veracidade.
De quem age no equivoco.
Em sentido incriminatório.
A escadaria gelou.
E agora o sentido é obrigatório.
Ficou tudo mudo, como era esperado.
A passagem foi feita.
Pelo que divagava, e mesmo ao lado.
Como se fosse tangente.
Raspa e faz razia na gente.
Afectada pelo pouco calor.
De quem queria algum.
Não todo, mas com fervor.
Incompreensível nos gestos e tudo mais.
O Pavão retira-se e recolhe-se entre os tais.
Que diziam e opinavam.
Que argumentavam e se opunham.
Feito o julgo, relanço Tempo.
Aos Cruzamentos do Sarilho.
Divago aleatoriamente, mas não saio do meu trilho.